Escrito por:
Eduardo Batista de Oliveira
Sócio Administrador da Tendência Verde
Arborização urbana pode ser definida como o conjunto de toda a vegetação existente na paisagem urbana, composta pelas árvores, palmeiras e arbustos.
A cidade de Juiz de Fora, além de (e talvez por) ter crescido de forma desordenada, sem planejamento, possui baixíssimo índice de arborização por habitante, índice que diminui à medida que cai a renda média dos habitantes de cada bairro. Ou seja, quanto menor a renda, menos árvores, palmeiras e arbustos. Exceção feita quando se trata de região próxima a uma reserva.
A falta de arborização traz inúmeros problemas. O solo excessivamente compactado, tomado por cobertura impermeável (predominantemente asfalto e cimento), não permite a entrada pulverizada das águas das chuvas, fazendo com que estas se concentrem em pequenas saídas (bueiros, córregos), as quais, sob precipitações volumosas, não dão conta, provocando perigosos alagamentos e até enchentes.
Outros inconvenientes do baixo nível de arborização urbana são a diminuição da umidade do ar, a falta de sombras e a insuficiente filtragem de poluentes do ar.
Nossa cidade está árida, carente de verde. Onde há verde, no mais das vezes, são pequenos arbustos, de copas minúsculas, que mal filtram os poluentes e quase não produzem sombras; quando encontramos árvores de maior porte, estão quase sempre muito mal podadas.
Por tudo isso, qualquer iniciativa no sentido contrário, ou seja, voltada para promover a melhoria do nível de arborização de JF, seria muito bem-vinda. Esse o propósito do Projeto Cidades Mais Verdes.
A opção pelo plantio apenas de espécies de palmeiras foi tomada devido a fortes (e práticas) razões: pequena ocupação de área de plantio, tronco retilíneo e resistente, raízes “mansas”, floração de odor agradável, frutificação de pequeno porte (já que não plantaremos Coqueiros) e esteticamente muito apreciadas, quebrando a monotonia arbustiva.
Aliada aos citados motivos, a ajuda para a flora e a fauna local, com o plantio (preferencialmente) de espécies nativas, contribuindo para a restauração ambiental da nossa região (com sobrenome): Zona da Mata Atlântica de Minas Gerais.